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Doykod é uma banda de Metal criada em 2000, com o primeiro disco lançado em 2002 pelo selo baiano Maniac Records e que é proveniente de Salvador, Bahia. A banda tem como referência e inspiração diversos grupos locais, nacionais e internacionais do estilo Metal como Mercy Killing, Sepultura, Korzus, Pantera e Metallica/ Megadeth antigos. O tema das letras é de cunho social e subjetivo tratando de política, sociedade e sentimentos pessoais sobre o mundo e as pessoas. O nome do grupo é uma adaptação ao acrônimo DOI-CODI - Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, órgão de inteligência que visava a combater inimigos internos durante a ditadura militar no Brasil.
Tudo começou, em 2000 na capital da Bahia, Salvador, com Alex Marques, Erik Sousa e os irmãos Victor e Leandro Mattos, respectivamente, guitarra, baixo e voz, guitarra e bateria; os quatro eram amigos de colégio e tocavam em outras bandas de Metal no final da década de 90 e, por conta da amizade e dos gostos musicais em comum, que resolveram sair de suas respectivas bandas, criando esse novo grupo.
Em março de 2000, após um mês de ensaios foi feita a gravação do material promocional Drought. Houve o envio da demo para algumas rádios e publicações especializadas em Heavy-Metal como o Cidade in Rock programa apresentado por Leonardo Leão na Rádio Cidade da Bahia, Rock Brigade, Roadie Crew e Valhalla. Creditaram-se bons comentários ao grupo e por conta disso se conseguiu oportunidade para serem feitas algumas apresentações junto a bandas baianas novas no Idearium Bar bem como um espaço para uma temporada no Café Calypso ambos no bairro boêmio soteropolitano do Rio Vermelho.
Em seguida, em Janeiro de 2001, o grupo faz alguns contatos e por conta própria viaja para São Paulo para fazer alguns shows, em que tocam com grupos ascendentes na cena paulistana do estilo à época como o Claustrofobia, que acabava de lançar o seu primeiro CD e de participar do programa Fúria Metal na MTV. Retornando a Salvador, houve a primeira apresentação para um grande público no festival Palco do Rock, tradicional evento alternativo que ocorre no Carnaval de Salvador.
O ano de 2001 foi um ano intenso para o grupo. A banda entra em estúdio novamente e grava outro material demonstração dessa vez já como uma pré-produção para a gravação do primeiro álbum. Novamente, há o envio da gravação para a mídia especializada e mais boas críticas surgem. Os contatos advindos da viagem para São Paulo serviram para a inclusão da Doykod em alguns eventos com bandas do Sudeste como um festival realizado em Vitória do Espírito Santo no Teatro Vila Velha que ocorreu com o Siegrid Ingrid, Transfixion e Siecrist, esta de Vitória mesmo, responsável por trazer o Doykod ao evento.
No mesmo ano, o Doykod junto com Malefactor e Tharsis, bandas baianas, abrem o show do Korzus, pioneira do Metal nacional de São Paulo, no Idearium Bar em Salvador e acompanham o grupo paulista em mais dois shows pelo Nordeste em Recife no Docas e em Fortaleza. O contato com os paulistas do Korzus e a amizade trouxeram a ideia de ir a São Paulo para realizar a gravação do álbum idealizado durante o ano todo. A banda se encontrava num momento produtivo mas já enfrentava dificuldades de relacionamento entre os integrantes.
A Doykod consegue o apoio de um studio de ensaios que disponibiliza os períodos para a banda e isso permite a concentração para serem feitos os arranjos finais para a gravação que já havia sido agendada para o período do carnaval de 2002 no mês de fevereiro. Após a gravação e produção do material gráfico do grupo feito por Daniel Dattoli, a Maniac loja e selo baiano especializado em Heavy-Metal lança o álbum Accept the New Order.
O ano de 2002 foi outro ano intenso para a banda. Em abril, a banda fez o show de abertura do ex-vocalista do Iron Maiden Blaze Bayley. Em agosto, a banda faz a abertura junto com a Malefactor do show com as bandas Kreator e Destruction da Alemanha. Ademais, houve apresentações no interior da Bahia como Cruz das Almas, Feira de Santana, Dias D´ávila e Valente. No entanto, as pressões internas e externas dos compromissos pessoais dos integrantes do grupo, além de desentendimentos gerados por problemas relacionados aos shows internacionais que a banda participou fizeram com que o grupo fosse desfazendo-se.
Os problemas pessoais e os diferentes momentos de vida terminaram por afastar os quatro amigos de colégio. A primeira saída do grupo foi motivada também por desavenças pessoais entre os dois irmãos Victor e Leandro,este que deixou o grupo no início de 2003. Para seu lugar a banda abriu espaço para um baterista mais novo mas com potencial Diego Tora, que exigiu um grande esforço de adaptação para os membros remanescentes. Nesse sentido, a pressão também ficou forte para o baixista e vocal Erik que terminou deixando a banda um pouco mais tarde mas ainda no primeiro semestre do ano.
Assim, a banda passou por mais três momentos no longo ano de 2003. O primeiro foi o período de ensaios com Diego Rangel e César Gurjão, que culminou na saída dos dois após dois meses de ensaio. O segundo veio com a opção por se tornar um power trio com Alex assumindo o baixo e voz, inclusive, o Garage Rock 2003 contou com um show do grupo nessa formação, porém, também não funcionou uma vez que Alex não conseguiu conceber a ideia de largar a guitarra. Finalmente, após o show a banda insere o baixista Ricardo Carvalho e começa a ensaiar como quarteto tendo Alex como voz. No entanto, Victor anuncia que não quer continuar tocando com essa formação e opta por deixar o grupo.
Após esse período a banda tem uma pausa de cinco anos. Em 2008, Alex resolve remontar o grupo somente para fazer um show. Esse show contou com George Lessa da Headhunter DC e Keter na guitarra e Yury Duplat também da Keter, bem como Luís da Insilent na bateria. Novamente, há um suposto fim, mas em 2010 o grupo volta e chega a inscrever-se no Palco do Rock 2011, porém, é vetado pela produção que justificou a não participação da banda por conta da falta de material novo. Dessa vez, a formação já contava com o retorno de Erik aos vocais, porém, no baixo estava Dado da Insilent e Marcelo Bahia na bateria, ex-Helltracks,Peace Maker e Pandora, velho amigo de Alex e Erik.
O novo começo da banda vai se dar bem por acaso, quando os amigos e fãs de música se encontram com saudades de tocar seus instrumentos e de fazer o som que gostam. Isso vai ocorrer em 2012 e por uma série de motivos aleatórios que combinadamente trouxeram o conjunto de fatores que propiciaram a ideia da volta do grupo. Primeiro, a ideia era montar uma banda cover para tocar e se divertir. Se pensou em várias coisas, mas por conveniência e oportunidade, optou-se por uma banda cover do Sepultura. Assim, desde abril de 2012 até novembro Alex, Erik, Marcelo Bahia e Dane Silva, como o novo guitarrista em lugar de Victor,e assim tiraram diversas músicas do Sepultura.
Contudo, de alguma forma esse recomeço tocando Sepultura trouxe a ideia de uma retomada da Doykod. Assim, decidiu-se de pronto em novembro de 2012 voltar com o grupo. Imediatamente posterior a isso, surge o covite feito a Erik para um show do Doykod junto com a banda de Leonardo Leão Motrícia no Irish Pub. Para isso a banda se propôs a tocar as suas músicas do CD Accept the New Order e alguns covers especiais em razão de seu renascimento. Consequentemente, os planos são de continuidade e assim já se aspira ao reinício do processo de fazer composições próprias.
É importante ressaltar uma novidade na atual proposta da banda, que é a utilização do idioma português nas letras do grupo. Isso já foi algo experimentado no primeiro álbum na música Atitude e Ação a qual foi a faixa de maior destaque do disco por parte do público em shows e até em entrevistas concedidas em grandes eventos como o Punka de Aracajú, Sergipe em 2002. Além disso, a banda vai buscar adicionar ao seu estilo e conduta a maturidade adquirida tanto pessoalmente quanto musicalmente às suas novas composições que nem por isso vão deixar de ser fortes e pesadas, sendo apenas um desenvolvimento natural de toda a história da banda.
Por Alex Marques
Banda: Doykod
Origem: Salvador\Bahia
Gênero: Thrash Metal
Formação:
Erik Sousa: Voz\Baixo
Marcelo Bahia: Bateria
Dane Silva: Guitarra
Alex Marx: Guitarra
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